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Juros de 10 anos nos EUA: uma taxa livre de risco menor.

Uma das variáveis mais importantes para determinar a taxa de desconto dos fluxos projetados decorrentes de um estudo de valor (Valuation) consiste em determinar a taxa de juros de longo prazo de um título soberano, sem risco de default. O mais utilizado é o título público norte-americano de 10 anos, o T-Bond 10Y.

No ano de 2020, em virtude da pandemia, a taxa de juros de longo prazo caiu de 1,80% em janeiro para 0,60% em março, fechando o ano em 0,93%. A preocupação com os fatores recessivos e as incertezas em relação à consolidação da retomada da atividade produtiva mantiveram os juros em patamares historicamente baixos conforme demonstrado no gráfico.

Fonte: Federal Reserve Bank of St. Louis.

Com a retomada mais forte da economia mundial e dos EUA, os preços das commodities foram pressionados e os juros, no início de 2021, subiram para 1,30%. Por exemplo, o preço do barril de petróleo (WTI) subiu de US$ 47 para US$ 60. É muito provável que os preços internacionais dos minérios, grãos, energia e alimentos continuem fortes. Esse fato se deve ao estímulo extremamente significativo do Fed (Banco Central dos EUA) ao avanço das campanhas de vacinação e à promessa de um pacote fiscal de cerca de US$ 1,9 trilhão.

Em outras palavras, com a retomada do mercado de trabalho norte-americano e uma pressão de preços de commodities, a taxa de juros de longo prazo tende a se normalizar a um patamar de equilíbrio sustentável. Esse valor tende a ser mais próximo de 2,0% ao ano; mas, provavelmente, apenas no final do ano de 2022. De fato, mais dois anos de juros baixos. Nesse sentido, os estudos de valores poderão se beneficiar de uma taxa de juros livre de risco, historicamente baixa, por um longo período.

Empresas terão mais opção de crédito

Empresas precisam estar preparadas para a retomada das linhas de financiamento que se inicia no país.

A liberação de crédito para as empresas, na modalidade com recursos livres, está retomando. A queda consistente das taxas de juros nos últimos anos, fazendo com que a Selic venha a operar em 5,5% ao ano, começou a forçar os principais bancos brasileiros na busca de tomadores de recursos.

Para se ter uma ideia, em setembro a concessão de crédito para PJ aumentou em 2,7% em relação ao período imediatamente anterior e 24,1% comparado com o mesmo período do ano anterior, segundo informações do Banco Central do Brasil.

Chamamos a atenção para o crescimento na ordem de 110% no crédito para aquisição de bens. Em setembro de 2018, durante o período eleitoral, os recursos liberados para esta finalidade foram de cerca de R$2,18 bilhões, sendo que após um ano o valor aumentou para R$4,57 bilhões. Neste mesmo período de comparação, o crédito para Capital de Giro com prazo de até 365 dias e acima aumentaram em 58,4% e 45,6%, respectivamente. De fato, a concessão do crédito corporativo vai sendo retomado na economia brasileira.

Para que sua empresa não deixe de aproveitar essas oportunidades, vindas do sistema financeiro nacional, entendemos que sejam necessários os seguintes pontos:

  • Estruturar um balanço contábil e demonstrativos de resultados consistentes com a operação de companhia;
  • Elaborar e analisar o fluxo de caixa mensal, para determinar as melhores modalidades de crédito a serem demandas;
  • Estudar como a concorrência bancária vem trabalhando com suas taxas de juros médias, através do seguinte deste link:
  • Estudar o potencial de seu mercado e perspectivas de crescimento.