6 alertas de gestão financeira na pandemia COVID-19

O temor ao coronavírus inundou a vida de todos. Mas certamente tem outro temor que tem tirado mais o sono de boa parte dos empresários no Brasil: como manter o caixa vivo em tempos de coronavírus.

Além das prevenções de saúde, é preciso estar atendo à gestão financeira da empresa neste momento, ter o controle da situação é essencial.

Normalmente empresas de médio e pequeno porte não tem caixa futuro suficiente para sobreviver, e o anseio pela crise financeira que está se desenhando coloca em cheque sustentabilidade financeira dos negócios. Algumas dicas para gestão financeira e estabilização do caixa fazem ainda mais sentido neste momento:

  1. Mapeamento completo de custos e despesas: nem sempre os empresários têm o domínio total de todos os custos, despesas e impostos relacionados. Neste momento é fundamental fazer e mapeamento completo, dividindo por grandes grupos e classificando por prioridade para o seu negócio. OBS.: Cuidado com as contas relacionadas a pessoa física que podem estar “penduradas” na pessoa jurídica, eles podem ser determinantes neste momento.
  2. Levantamento e renegociação das dívidas: em muitas empresas as despesas financeiras acabam derretendo todo lucro que poderia gerar. Este é um momento fundamental de levantamento das dívidas com suas taxas e prazos, visando uma possível renegociação das dívidas, as grandes instituições tendem estar dispostos para o movimento de renegociação.
  3. Créditos e financiamentos: os bancos públicos já começam a sinalizar com linhas de créditos diferenciadas, pelo momento, e os bancos privados tendem a seguir o mesmo caminho. Evitando assim que as despesas financeiras não acabem só com o lucro do empresário, e condene a empresa também.
  4. Definição de prioridades: com contas de saída (custos, despesas e dívidas) mapeadas, é o momento de reorganização este mapa, focando no core business da empresa. Descontinuar produtos, linhas e negócios menos rentáveis e priorizar o que mantém a empresa viva no curto prazo, pode ser uma estratégia interessante para este momento;
  5. Negociação de prazos: a situação exige que empresário e sua equipe entrem em contato com os fornecedores e levantem as melhores condições de pagamento, afinal é um momento em que todos estão propensos a este movimento. Com estas informações é necessário voltar a definição de prioridades e por vezes escolher com quais fornecedores manter, não perdendo de vista a necessidade de “sobrevivência” no curto prazo;
  6. Gestão do caixa: a gestão do caixa diário e o acompanhamento sobre a liquidez do negócio se torna a chave mestre deste processo. No fim das contas não é suficiente fazer todos os movimentos citados, se o caixa não realizar o previsto. O caixa se torna o coração da empresa em momentos de crise, e só ele pode sinalizar melhora e/ou piora da saúde financeira.

Todas estas medidas fazem com que possíveis caminhos se abram para que o empresário passe por este período de crise. As informações são as maiores armas para as tomadas de decisões rápidas e eficientes que o momento exige.

A Valuup é especializada em ferramentas econômico financeiras, e pode ajudar com gestão de caixa, estudos de restruturação e soluções financeiras em momentos de crise, nossa equipe está à disposição das empresas que enfrentam estes desafios.

Viabilidade econômica de novo stay period

A crise econômica, causada pela pandemia, pode justificar pedidos de prorrogação ou novo stay period.

As empresas enfrentarão grandes desafios em meio ao período recessivo que estamos prestes a entrar. Haverá deterioração acentuada do caixa futuro, entre outros impactos. Não resta dúvidas que as empresas que estão em Recuperação Judicial tendem a ter um caminho ainda mais tortuoso. A Valuup entende ser viável do ponto de vista econômico e financeiro um pedido de postergação ou novo stay period, sendo possível até mesmo a revisão dos planos de Recuperação Judicial frente ao judiciário e credores.

Essa situação já foi concretizada na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. O Juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, concedeu suspensão da Assembleia Geral de Credores e prorrogação do stay period para a Nasa Laboratório Bioclinico Ltda – em Recuperação Judicial.

Na decisão o magistrado diz ser “inevitável a prorrogação do stay period pelo período de suspensão da AGC, valendo o registro, uma vez mais, de que a recuperanda não deu causa ao retardamento da marcha processual e de que se está diante de um evento externo e imprevisível”.

Esta decisão é tempestiva e precaucional não só do ponto de vista da saúde pública, mas também do ponto de vista econômico e financeiro, em decorrência das incertezas de geração de caixa nos períodos futuros.

O temor de uma recessão financeira é eminente. As empresas em Recuperação Judicial, normalmente financeiramente fragilizadas, precisam agir rapidamente para resguardar que suas atividades permaneçam vivas. Caso contrário, teremos marcas históricas de convolação em falência.

Sendo assim, do ponto de vista econômico e financeiro, nós da VALUUP entendemos ter elementos suficientes para solicitações de prorrogação e/ou novo stay period. E até mesmo necessidade de novo estudo de viabilidade econômico financeira acarretando ajustes no Plano de Recuperação Judicial.

Processo: 1026155-53.2019.8.26.0100

Pequenas e médias empresas adotam debêntures

A opção de financiamento, que até pouco tempo era exclusividade das grandes empresas, agora está mais atrativa e acessível.

A captação de recurso é sempre um desafio dentro de um negócio, seja ele de grande ou pequena proporção. É preciso entender o cenário de cada empresa para busca a melhor opção disponível no mercado.

A emissão de debêntures, tradicionalmente, era um instrumento financeiro de alocação de recursos quase sempre utilizados por grandes empresas. Porém recentemente observamos que pequenas e médias empresas passam a se utilizar desse instrumento. Emissões recentes de debêntures estão abaixo do valor de R$ 50 milhões.

Um dos motivos deste movimento são as dificuldades e o valor dos empréstimos ofertados pelos bancos tradicionais. As pequenas e médias empresas começaram a despertar para a busca por sistemas alternativos de financiamento. Um bom planejamento na hora de captar o recurso pode resultar em um projeto muito mais econômicos e viável.

Normalmente estas operações menores são encarteiradas pelo próprio coordenador da emissão ou por um grupo de investidores. As debêntures acabam sendo uma alternativa mais barata à tradicional (bancos) e passam a ser vistas como uma opção pelos investidores em um cenário de queda significativa de taxa de juros dos títulos públicos e os indexados a eles.

Captações recentes via debêntures (fonte: Valor, 18/02/20)

Empresa Valor captado Remuneração a.a. Prazo/vencimento
Agasus R$ 30 milhões DI + 5,75% 2024
Agasus R$ 20 milhões 12,45% pré 6 anos
Plugify R$ 10 milhões 15,8% 5 anos
Flex R$ 23 milhões DI + 4,7% 2022
Faro Energy R$ 15 milhões IPCA + 4,45% 2030
Mais Educação R$ 1,96 milhões IPCA + 11% NI
Agro Talent R$ 30 milhões DI + 4,3% 2022

O custo para emissão de debêntures sempre foi visto como um impeditivo para a sua colocação. Todavia, as dificuldades para a obtenção de recursos financeiros via bancos (garantias e avais), a queda nas taxas de retorno dos investimentos tradicionais e o encarteiramento pelos emissores, possibilitaram que essa alternativa de captação se tornasse atrativa também para as pequenas e médias empresas.

Para que uma pequena ou média empresa saiba se a emissão de debêntures é a melhor alternativa para o seu objetivo é preciso que se faça um estudo técnico. Com o diagnóstico do cenário é preciso formatar um plano de aplicação para a captação. A Valuup consultoria conta com profissionais experientes em projetos de captação de recurso e está à disposição de empresas que têm esse desafio. 

A expansão da avicultura brasileira

O Brasil deve investir no aumento de produção para exportação de frango

As indústrias de frango devem investir no aumento da capacidade produtiva nos próximos anos para atender mercado mundial. Essa necessidade se dá por dois motivos principais:

O primeiro é a carência do produto no mercado internacional. A peste suina inviabilizou a produção da proteína em vários países, o que, de certa forma, ajudou a consolidar o mercado brasileiro, que é livre da doença.

O segundo é que a produção brasileira está estagnada desde 2013, e caso não expanda em volume, irá perder espaço para outros players que estão investindo em tecnologia para aumento da produção.

A estagnação da produção não foi negativa para o setor, a grande procura pelo produto fez o preço aumentar e com isso gerar crescimento do mercado como um todo. A questão está em continuar sendo competitivo no mercado internacional e acompanhar o ritmo da demanda do produto.

O foco no mercado externo tem vários motivos. Hoje ele ocupa cerca de 30% do que é produzido. A grande questão é que o Brasil já consome muito frango e dificilmente ocorra expansão de mercado. Os brasileiros comem em média 46,7 kg/hab de frango por ano, perdendo apenas para os americanos que chegam a 48,7kg/hab.

O Brasil precisa olhar para mercados como a China e Índia, onde há muito espaço para crescimento, eles consomem apenas 8,3 kg/hab e 3,5kg/hab respectivamente.

E quais são os caminhos para essa expansão? As empresas do setor devem analisar todas as possibilidades e estudar qual será mais efetiva para cada caso.

Há muitos caminhos para expandir uma empresa. Por isso é necessário um criterioso estudo para entender qual é a melhor alternativa para cada negócio.

A primeira opção, na maioria dos casos, é o aumento da capacidade instalada. Essa escolha, normalmente, está ligada em investimento em tecnologia que impulsione a produtividade. Para isso as empresas precisam estar atentas às possibilidades de linhas de crédito. Para saber mais sobre captação de recurso acesse esse link.

Outra alternativa está na aquisição de empresas, um dos caminhos para a expandir é a compra de um concorrente. Para esse processo são necessários muitos estudos de viabilidade e avaliação de riscos. Se quiser saber mais sobre esse assunto, falamos sobre compra e venda de empresas neste link.

Empresas brasileiras mais próximas dos padrões mundiais

A adoção das normas internacionais de contabilidade está elevando o padrão das empresas brasileiras. Médias e pequenas ainda precisam aprofundar as práticas para agregarem valor ao negócio

Por Luís Gustavo Budziak

A curadora da Fundação IFRS, Maria Helena Santana, argumenta que a adoção de normas internacionais de contabilidade pelas empresas brasileiras foi positiva, sobretudo ao longo dos seis anos que atuou como curadora da Fundação.

Algumas normas (CPCs) foram menos “populares”, como o IFRS 9 (provisão de perdas), IFRS 16 (arrendamentos) e IFRS 17 (seguros), o qual ainda não entrou em vigor.

Nós observamos que as práticas contábeis são aplicadas principalmente pelas grandes empresas e pelas empresas auditadas no Brasil, mas utilizadas de maneira superficial nas médias e pequenas empresas.

Nosso nicho de atuação, justamente as pequenas e médias empresas, apresentam informações financeiras incompletas, o que dificulta quando estamos negociando a venda de empresas brasileiras para investidores estrangeiros.

O empresário deve ficar atendo às melhores práticas contábeis. Utilizar-se delas representa melhor controle e accontability, isso certamente gerará melhor evidência e ganhos numa negociação de venda futura da empresa.

3 benefícios da gestão profissional nas empresas

Empresas têm ganhos na tomada de recurso, na avaliação da empresa e na eficiência do negócio quando são geridas de forma profissionalizada.

Por Fernando Balotin

A falta de gestão profissional afeta empresas de diferentes portes, porém as empresas familiares e PMEs, por exemplo, sofrem com a falta de profissionalização na gestão, logo afetando a tomada de decisão. Segundo pesquisa do Sebrae ¼ dessas empresas não sobrevivem depois de dois anos de funcionamento. Por mais que o feeling do proprietário, e/ou fundador seja excelente, o mercado mostra que não é suficiente para garantir a perenidade da empresa.

Existem inúmeros benefícios em uma gestão profissional e estratégica para cada empreendimento. Aqui vamos abordar os três principais pontos que beneficiam diretamente as empresas que profissionalizam sua gestão.

1.      Financiamentos/Empréstimos

A captação de recurso é um momento delicado e importante para o negócio.  A gestão profissional é fundamental para o sucesso desse processo. Começa pela tomada de decisão certa. A escolha e a pesquisa das opções financiamento, saber qual será a melhor opção para cada situação. A outra, e talvez a mais decisiva, é que bancos e fontes de empréstimos confiam em empresas que possuem governança profissional e estruturada, que tenham um diretor, gerente e/ou head financeiro nesta cadeira, garantindo credibilidade e escolha certa na tomada de decisão. É notório que as melhores condições de tomada de crédito se dão para empresas com uma gestão profissionalizada.

2.      Valor da empresa

A gestão profissional também impacta no momento de avaliação de valor de uma empresa. Esse é um dos itens dimensionados para determinar quanto vale o negócio. O processo de Valuation, (você pode entender como funciona essa ferramenta aqui), olha, basicamente, para três cenários: as premissas, que analisam o mercado; para o fluxo de caixa da empresa; e para o histórico, que é sobre como a empresa se comportou até o momento, é nesse ponto que uma gestão profissional fará diferença no valor da empresa.

3.      Ganho de eficiência

Empresas com melhor gestão tem mais possibilidades de serem eficientes e mais lucrativas. Profissionais preparados conseguem traçar estratégias e otimizar resultados, tomando a melhor decisão. Pode parecer “caro” ter profissionais de mercado sentados nas cadeiras mais estratégicas, como financeiro, recursos humanos e operação, ou até mesmo somente um diretor administrativo. Toda via, quando se observa o ganho de eficiência que empresas com gestão profissionalizada têm, vale olhar para as posições estratégicas com carinho. .  

Os benefícios da gestão profissionalizada são inúmeros, mas quando olhamos no prisma das finanças, certamente estes são os mais latentes. E nunca é tarde para organizar às dívidas e começar o processo de profissionalização da gestão.

Como preparar a empresa para o Pedido de Recuperação Judicial

Cinco questões que antecedem pedido da RJ. As lições de casa envolvem entender cenário, aprimorar controles e estar psicologicamente preparado para o que está por vir.

Se pudéssemos resumir o processo de Recuperação Judicial, que é complexo, em uma só palavra, ela seria: tempo. A Lei Federal n.º 11.101, que estabelece as regras da RJ, permite que a empresa tenha um período para renegociar suas dívidas e planejar a reestruturação da empresa.

Mas, a tomada de decisão não é simples, e muitas vezes, vem carregada de pressão e preconceito. A fase que antecede o pedido é complexa, a preparação da empresa para o processo pode determinar a solidez da recuperação.

O objetivo é preservar a atividade econômica e social da firma em crise. Mas solicitar a recuperação judicial requer que alguns cuidados sejam tomados. Aqui falamos de cinco questões que precisam ser debatidas, pensadas e planejadas para um resultado positivo ao final do processo da RJ.

  1. Entendimento da situação de crise pelo empresário: assumir que está em crise gera uma série de angústias para o empresário. Sentimentos como culpa, incapacidade de gestão. Essas questões devem estar suficientemente resolvidas e assimiladas pelo empresário.
  2. Despesas para o pedido de recuperação: ingressar com o pedido envolve custos com advogados, consultores, administrador judicial e custos judiciais. Muitas vezes esses custos impedem que empresa de pequeno porte peçam recuperação judicial, mesmo havendo um tratamento específico para elas na Lei 11.101/05.
  3. Falta de recursos financeiros para RJ: as fontes de financiamento para empresas em recuperação judicial somem. O empresário acaba se deparando com falta de fluxo de caixa para a continuidade das operações. Portanto é importante saber como financiar o período de ausência de crédito.
  4. Falta de controles financeiros adequados: entrar numa RJ sem controles financeiros minimamente aceitos podem representar um risco para a empresa. No momento do pedido todas as informações se tornam disponíveis para os credores.
  5. Conscientização para o novo momento da empresa: entra em RJ define um novo momento na empresa. Não basta entrar em RJ, mas sim deve-se fazer a lição de casa e reestruturar. É um novo momento!

Nossa experiência em recuperação judicial nos fez observar que estes cinco elementos são centrais para um pedido de recuperação eficaz e que promova a real recuperação da empresa. Contudo são trabalhos de longo prazo, subjetivos e que requerem um bom planejamento, o que, muitas vezes, o empresário não tem.

A crise e o papel da Recuperação Judicial no Brasil

Em 2005 uma nova lei estabeleceu as bases para a Falência e Recuperação Judicial de empresas no Brasil, estamos falando da Lei Federal n.º 11.101.

Olhar para os números de pedidos, tanto de falência quanto de RJ, é uma das formas de avaliar como o Brasil vem enfrentando a crise.

Com base nos dados da Boa Vista SCPC, comparamos os números desde 2006, fizemos um corte em 2015, período da crise, e analisamos os dados atuais. De 2006 a 2015 a média de pedidos de falência por mês foi de 156. De 2015 até agora a média mensal foi para 177, aumento esse não significativo.

Já os pedidos de RJ tiveram um impacto maior. No primeiro intervalo, de 2006 a 2015, eram 218 pedidos ao mês. A partir de 2015 esse número saltou para 403 empresas que tiveram seus pedidos de Recuperação Judicial deferidos. Observem a inversão no gráfico.

Há muitas explicações para esse cenário. Não só a própria crise econômica que o país vem passando contribui para o aumento, mas a RJ passou a ser uma ferramenta utilizada pelo empresário em crise, desmistificando o movimento anterior de concordatas e falências (anterior a Lei 11.101/05). O processo, mesmo que lento e trabalhoso, pode estabelecer alicerces profundos que sustentarão a retomada e a real recuperação do negócio, evitando o pedido de falência.

O processo não é simples, requer muito trabalho e discernimento da gestão. Falamos sobre como avaliar a necessidade do pedido de RJ neste artigo. Aprofundamos a questão da preparação da empresa para o processo neste artigo também.

A Valuup conta com expertise de profissionais com ampla experiência na preparação e na execução dos planos de Recuperação. Estamos à disposição para colaborar com empresas que precisam de auxílio nesses momentos.

4 indicadores que avaliam a necessidade de uma Recuperação Judicial

Utilizar as melhores ferramentas para enfrentar a crise é uma arte; é preciso deixar o preconceito de lado e avaliar a melhor saída.

No Brasil, entrar com o Pedido de Recuperação Judicial (RJ), é, equivocadamente, assumir que o negócio está fadado a quebrar definitivamente. Esse conceito precisa ser desmistificado e entendido de forma ampla como opção para realinhamento a empresa.

As crises, sejam internas ou externas, fazem parte do jogo. Saber gerir um negócio que precisa de reestruturação é uma habilidade que, necessariamente, os gestores precisam desenvolver. É nessa hora que a tomada de decisão rápida e correta pode determinar o futuro da empresa.

Quando as coisas começam a apertar é preciso fazer um estudo e entender a necessidade de uma reestruturação de dívida. Percebido que a crise é mais intensa que o esperado, os gestores precisam avaliar as opções que melhor invertam o cenário. E é nesses casos que o Pedido de Recuperação Judicial (previsto na Lei 11.101/2015) pode ser uma alternativa interessante.

Mas o preconceito, por vezes, faz com que o empresário demore para entrar com o pedido recuperacional, e acaba não se preparando, o que normalmente faz isso um processo mais penoso.

Para diagnosticar se é hora ou não de entrar com uma RJ, é necessário que a empresa avalie seus indicadores econômico financeiro para que acenda o sinal de alerta e não seja tarde demais para tomar a ação.

Além da avaliação dos indicadores clássicos: Liquidez, Endividamento, Rentabilidade e Atividade, observa-se que os indicadores de risco (rating) usando amplamente no mercado de capitas pode apresentar um excelente diagnostico neste sentido. Os indicadores explicativos são:

Entende-se que quando estes indicadores apresentam conclusões negativas, está na hora de entrar com a Recuperação Judicial.

A Valuup tem amplo conhecimento nesses estudos e está à disposição para ajudar as empresas nessa tomada de decisão. Sejam com estudos diagnósticos, ou, com o Pedido de Recuperação Judicial.

Mini barras seguram os efeitos da crise no mercado de chocolates

Na hora da crise os produtos não essenciais, considerados supérfluos, são deixados de lado nos carrinhos de compra das famílias brasileiras, este é o caso dos chocolates. O crescimento no consumo de chocolate em 2017 diminuiu 2% em relação a anos anteriores, chegando a R$ 11.9 bilhões, e diminuiu em 6% em questões de volume, conforme estudo da Euromonitor. Além da desaceleração a inflação de 5% afetou os custos de produção, como o custo de matéria prima, embalagens e logística, os quais se mostraram desafiadores para a categoria.

Neste cenário um produto ganhou destaque, as mini barras. Percebe-se um redirecionamento de consumo, as pessoas deixaram de consumir produtos maiores para optarem por versões reduzidas do produto. As mini barras de chocolate registraram o maior crescimento em 2017, com as vendas de no varejo subindo 8% em relação ao ano anterior. Essa categoria tem se tornado a mais forte por ser mais acessível e bem distribuída com variedades, geralmente são colocados em caixas para venda em varejo, estimulando a compra por impulso e favorecendo ainda mais as vendas desse setor.

A fabricação de chocolates é dominada por fabricantes internacionais, grandes multinacionais, como a Nestlé e a Kraft, lideram o mercado. Suas forças se derivam da popularidade das suas marcas e a presença de longa data que eles possuem no pais.