4 fatores importantes sobre Valuation em Startups

Saber quanto vale o seu negócio, essa é uma das informações mais cobiçadas quando o assunto é startups. Esse valor é importante e estratégico para todos os atores desse ecossistema: 1 – Empreendedores querem saber quanto vale seu projeto; 2- Investidores precisam avaliar o risco de investimento, e um Valuation pode ajudar muito na hora da decisão.

Antes de entender alguns pontos importantes é preciso saber o que é um Valuation, de forma simplificada é uma metodologia que determina o valor de um ativo ou de uma empresa. Você vai encontrar mais informações neste artigo.

Mas neste conteúdo vamos abordar quatro pontos que precisam ser analisados dentro deste processo e até mesmo antes dele. É muito importante que todos os envolvidos entendam esses conceitos para entender o seu resultado.

1 – Premissas

As premissas precisam ser entendidas antes do cálculo do valor da empresa. Neste momento é preciso fazer uma leitura ampliada do universo em que o negócio está inserido. Qual é o mercado? Quais as expectativas de crescimento? Está se falando de um produto novo? É possível avaliar a necessidade que o produto irá suprir?

É nesse ponto que se pondera os caminhos que a economia, ou um setor específico, estão percorrendo. É preciso analisar:

  1. Aspectos sociais – há algum apelo social para o negócio, ou irá enfrentar alguma barreira cultural?
  2. Aspectos tecnológicos – existe tecnologia envolvida? É uma inovação de difícil aplicação? É uma tecnologia que será facilmente ultrapassada? Existe patente no processo tecnológico?
  3. Aspectos públicos – O produto se relaciona com governo ou depende de políticas públicas?
  4. Aspectos legais – há alguma barreira legal?
  5. Aspectos econômicos – Quais as condições econômicas do ambiente de atuação da empresa?

A próxima avaliação está no ambiente operacional, é preciso avaliar as premissas que envolvem a operação da empresa:

  1. Fornecedor – a empresa tem fácil ou difícil acesso aos fornecedores? A empresa depende muito ou pouco do fornecimento de insumos?
  2. Concorrência – qual o nível de concorrência do negócio? Quantos são, onde estão e quais os diferenciais em relação à concorrência
  3. Clientes – Quem são, onde estão, qual o acesso da empresa à eles? Qual o poder de compra?
  4. Componente internacional –
  5. Mão-de-obra – Qual a dependência do negócio com relação à mão-de-obra? Ela é qualificada ou não? Tem baixo ou alto custo?

Por último se analisa a organização em seu ambiente interno:

  1. Organizacional – como está organizada a empresa com relação à governança – quem faz o que.
  2. Financeiro – há um controle financeiro, como estão os números?
  3. Marketing – há um planejamento de Marketing? Está sendo eficiente?
  4. Pessoal – como está o quadro de funcionários com relação à custo benefício.
  5. Produção – A empresa está conseguindo entregar o que promete?

2 – Comportamento histórico

Outro componente muito importante no momento da avaliação de uma empresa é como ela se comportou até o momento. O Valuation analisa dados passados para entender que tipo de comportamento tem o negócio.

3 – Taxa de desconto

O terceiro ítem, e o de mais difícil compreensão, é a taxa de desconto. Essa taxa é determinada para saber qual a projeção futura da empresa. A taxa de desconto mede o risco do negócio. Quanto maior for o risco analisado nas premissas, maior será a taxa e maior o risco de se investir nesta empresa.

4 – Projeção do Fluxo de Caixa

 E para finalizar é importante entender a importância do fluxo de caixa para o cálculo do Valuation. E a Projeção do Fluxo de caixa que leva a empresa para o futuro para entender seu valor presente.

O Brasil vai, finalmente, voltar a crescer?

A retomada econômica do Brasil é o desejo de 10 entre 10 brasileiros. Não à toa, a população está corroída pela crise que se estende há seis anos. O país vive a pior crise da sua história, nenhuma chegou tão fundo e demorou tanto para retomar. Nem a crise de 1930, nem a chamada década perdida de 1980 estagnou a economia desta forma.

Estamos observando sinais de recuperação desde 2017, no entanto, a retomada tem sido muito lenta e modesta e até mesmo imperceptível em alguns setores. O número de maior impacto deste cenário é o desemprego, são mais de 12 milhões de brasileiros a procura de trabalho. É para esse cenário que o país precisa olhar e criar estratégias para combater, pois sem reativar a demanda doméstica, relacionada diretamente aos postos de trabalho, o Brasil não vai voltar a crescer.

Neste sentido já vemos, com clareza, uma política expansionista por parte do governo. Podemos considerar esse cenário quando o Banco Central coloca a taxa de juros reais abaixo de 4%. O que esse número significa? Que parte do dinheiro que estava parado, investido em títulos públicos, com uma renda razoável, agora voltarão para os investimentos produtivos de mercado.

Os juros altos, em uma crise econômica, são sinônimo de risco para os investidores. Por que colocar o dinheiro em um investimento incerto a deixar as reservas aplicadas com um bom rendimento? Mas quando a taxa não é mais atrativa o movimento se inverte. O dinheiro sai dos títulos e entra para movimentar a economia. E é este cenário que se espera para 2020.

A grande aposta é que movimento gere investimento no setor da infraestrutura. A movimentação desse setor pode, de fato, mudar a realidade da economia brasileira. Isso porque o setor é uma fonte expressiva de empregos.

Se esse cenário se concretizar veremos um Brasil melhore neste ano. É possível enxergar um cenário com um PIB acima de 2%, IPCA em torno de 3,6 e uma Taxa Selic em 4,5. Não se espera uma baixa no câmbio que prejudique as exportações, isso porque o governo pretende manter o país atraente para os investidores estrangeiros. Dólar alto por aqui significa investimento estrangeiro mais barato, principalmente, no setor de infraestrutura, a grande aposta do governo brasileiro.