5 passos para a reestruturação de uma dívida

Como as empresas devem se preparar para a tomada de um recurso externo.

Mesmos com uma conotação negativa no Brasil, a dívida é inerente a atividade empresarial, não se trata, exclusivamente, de problemas. Quando bem controlada, ela pode inclusive elevar o valor da empresa em um valuation.

A dívida é uma ferramenta econômico financeira essencial para, por exemplo: capital de giro, expansão ou até mesmo para reestruturações.

Mas é preciso ter muita cautela, normalmente, quando o empresário está prosperando, as dívidas acabam sendo tomadas e nem sempre são bem avaliadas quanto a real necessidade e suas cláusulas negligenciadas.

O problema começa quando o processo de endividamento saí do controle, e a empresa não consegue mais honrar com seus compromissos e veem as linhas de créditos se extinguirem. Comumente quando isso acontece nem sempre a visão do empresário é clara suficiente para entrar em um processo de reestruturação de dívida.

Parte dos empresários brasileiros crê suposições que nem sempre acontecem, e retardam o processo de reestruturação, que quanto mais tardio mais difícil se torna este negocial.

Como funciona o processo de reestruturação de dívida

  1. Análise da capacidade de geração de caixa futuro da empresa;
  2. Melhora do monitoramento e controle do fluxo de caixa (inclusive para evitar novos problemas futuros);
  3. Determinação de um orçamento base zero, com reajuste dos custos e despesas da empresa, readaptando todas as necessidades;
  4. Processo de retomada da confiança da empresa frente a seus credores;
  5. Busca por parceiros fornecedores e financeiros, que facilitam no processo de reestruturação.

Como todo este solido planejamento desenhado, mostrar organização e transparência nas negociações fazem toda diferença para o melhor ou pior resultado.

Porém, por vezes, às negociações individuais não tem o resultado esperado e há depender o nível proporcional de endividamento da empresa, uma recuperação judicial pode ser a saída para o processo de reestruturação, afinal se torna um meio legal de negociação coletiva com os credores.

Testes de Recuperabilidade: por que e quando fazer

Esses testes são uma espécie de visão ampliada das informações dos balanços, não basta informar é preciso ter segurança e confiabilidade nas informações.

Os testes de recuperabilidade estão previstos nas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009 e são obrigatórios para as empresas de capital aberto e de grande porte, que no ano tiveram ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 300 milhões.

Além das leis, o CPC- Comitê de Pronunciamentos Contábeis – também publicou várias instruções dos procedimentos que devem ser adotados na escrituração contábil da empresa, entre ele os testes de recuperabilidade que, em resumo, são estudos de viabilidade econômico-financeira dos ativos de uma empresa.

Nesta época do ano essas ferramentas começam a causar aflições aos contadores e auditores, uma vez que essas metodologias, normalmente, são aplicadas no último trimestre do ano.

O que os testes informam

Basicamente estes testes visam estabelecer se os ativos não líquidos registrados no balanço de uma empresa são recuperáveis, ou seja, tem valor. Essa informação é importante para todos os stakeholders da empresa: bancos, fornecedores, sócios, etc.

Quando fazer

Os principais testes devem ser feitos sempre que houver evidências significativas de mudança de valor dos ativos, como uma descontinuidade de linha produtiva, desastre ou quebra de ativos, deterioração da atividade econômica, entre outros. Os principais testes são:

  • Impairment test (CPC 1): testa se o ativo imobilizado da empresa registrado é recuperável, ou uma unidade produtiva isolada é recuperável. O teste deve ser feito anualmente, ou sempre que houver evidência de deterioração do ativo.
  • Fair value (CPC 12): ou ajuste a valor presente, se aplica a ativos com correção monetária e juros embutidos para recebimento de longo prazo, com carteira de clientes. Esses ativos devem ser trazidos ao valor presente. Esse teste deve ser feito anualmente.
  • Ativo biológico e produto agrícola (CPC 29): os produtos agrícolas e ativo biológico dependem de marcação pelo uso ou desuso de tempo. Estes testes visam estabelecer se tais ativos estão corretamente registrados, o ideal é fazer esse teste anualmente.
  • Ativo intangível (CPC 4): pesquisa e desenvolvimento, software e ágio são exemplos cada vez mais comuns de intangíveis, sobretudo quando se tratar de ágio na aquisição de negócios, o teste deve ser feito anualmente.
  • Ativo imobilizado (CPC 27): revisão de vida útil de bens do imobilizado e de taxa de depreciação. Esse teste é normalmente feito por engenheiros e não precisa ser feito anualmente, basta manter o laudo à disposição.

Existem uma série de outros pronunciamentos aplicáveis a cada tipo de operação, os testes destacados acima são os mais usuais.

Nós falamos sobre os testes e o planejamento das empresas neste artigo.

A Valuup

A Valuup é especialista em testes CPCs. Nossos profissionais, com vasta experiência em auditorias externas em Big Four, estão credenciados a elaborar laudos que atendem plenamente às normas legais e os processos de auditoria.

A energia elétrica em alta

O setor de energia elétrica está movimentando a economia em 2019. Na Valuup, mais de 15 lotes são analisados para entender a viabilidade do negócio.

Os números da ANELL – Agência Nacional de Energia Elétrica – mostram um cenário positivo para investimentos em energia no Brasil. Só no primeiro semestre do ano passado foram movimentados em leilões, para compra e venda de geradoras de energia elétrica, investimentos de quase 13 bilhões de reais e para as linhas de transmissão superam os mais de 13 bilhões.

Esse cenário é muito positivo, uma vez que, o avanço desse setor influencia o aumento da produção industrial, acarretando o aumento no valor do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. O setor de energias tem sido um dos principais alvos de investimento nos últimos tempos.

Segundo a ANEEL, destes investimentos o total projetado de energia potencial foi equivalente à 3.124 MW para as geradoras entre lotes de PCH, CGH, UTE, EOL, UFV e UHE. E para as linhas de transmissão um total de 8.367 Km de extensão por quase todo o Brasil.

No primeiro bimestre de 2019, os leilões de energia elétrica já chegaram ao investimento de 2,6 bilhões com um total de 402 MW de potência entre os diversos lotes de geradoras de energia.

Para uma boa análise, se é a hora ou não de investir em geradoras de energia ou em seus demais segmentos como as linhas de transmissão, é necessário que a empresa interessada realize um modelo de viabilidade.

É com esse foco, para um de nossos clientes, que mergulhamos em estudos do setor para entender a dinâmica deste mercado e a viabilidade dos projetos. Atualmente, estudamos 15 propostas de investimentos e cada projeto precisa ser visto de forma individualizada e consistente. O estudo envolve olhar para muitos dados, mas principalmente, ver a direção do negócio e com isso traçar uma projeção de ganho para cada lote.

A Valuup tem um amplo conhecimento nesses estudos e está à disposição a ajudar as empresas na elaboração destes modelos.

Valuup e a metodologia Scrum

Otimização, fazer mais e melhor. Esse foi um dos objetivos da Valuup ao implementar a metodologia Scrum em seus projetos. Em 2016 ela foi estudada e depois estabelecida como processo dentro da empresa.

Há três anos a empresa implementou a gestão de projetos para organizar o tempo e melhorar o resultado dos trabalhos.

“Nós entendemos que poderíamos ser muito mais produtivos e organizar mais nosso tempo e energia. Um dos grandes problemas quando se fala em prestação de serviço, e se tem muitos projetos andando ao mesmo tempo, é que se precisa gerir muitas demandas ao mesmo tempo, e não é fácil equilibrar esses pratos. O Scrum solucionou boa parte da organização da empresa.” Explica do sócio da Valuup, Luís Gustavo Budziak.

Um dos grandes desafios do método é, além de desenhar os projetos, ter a compreensão e engajamento da equipe. O formato só é eficiente com a colaboração de todos os membros, cada pessoa tem função e tarefa definidas. “Essa clareza de função e tarefas é uma das grandes vantagens da metodologia. Todos sabem o que precisam fazer e o prazo de entrega, isso faz com que cada um gerencie seu tempo da melhor forma possível”, aborda Lucas Dezordi, sócio da Valuup.

O foco é outro ponto importante a ser destacado. A equipe entende o todo do projeto e todos trabalham para a concretização do resultado. Esse formato incentivou muito a colaboração entre os profissionais.

A visualização do projeto de forma física, colocado no quadro, é um dos diferenciais. “Existem muitas metodologias que ajudam na organização, mas a simplicidade do Scrum, junto a materialização das tarefas em um lugar visível ajudam na concretização do projeto. O quadro de atividades é lugar de destaque na empresa hoje, ousaria dizer que ali estão o coração da Valuup” conta Budziak.