Economista da VALUUP fala com a BANDNEWS FM sobre empregos no Paraná em 2018

O economista e sócio da Valuup, Lucas Lautert Dezordi, falou com BandNews FM Curitiba sobre empregos no Paraná, confira.

Vagas de emprego no Paraná em 2018 crescem 230% em relação a 2017

O Paraná apresentou em 2018 o maior saldo de empregos dos últimos quatro anos segundo o levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Ministério da Economia. Foram criadas 40.256 novas vagas com carteira assinada em 2018, o que representa um aumento de 230% em relação a 2017. De acordo com o economista e professor da Universidade Positivo, Lucas Dezordi, os dados refletem uma retomada da economia.

O setor com maior geração foi o de Serviços com 30.258 postos. Seguido do comércio com 9.426 vagas, que teve saldo positivo em especial pelo aquecimento nas vendas de natal.

Outros quatro setores, no entanto, tiveram queda: agropecuário, indústria de transformação, administração pública e extrativa mineral. Entre as ocupações que mais se destacaram em 2018 estão alimentadores de linhas de produção; vendedores e demonstradores em lojas e mercados. Os municípios com mais oportunidades foram Curitiba, São José dos Pinhais, Maringá, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. A capital como a 4ª cidade do país que mais registrou vagas de emprego.

Os dados do Caged ainda mostram que, em dezembro, o saldo de empregos foi menor que nos meses anteriores, resultado que acompanha a tendência do país, que também teve saldo negativo no período. No Brasil, a recuperação da economia também representou ofertas novas de trabalho. Foram mais de 529 mil novos empregos formais. O resultado é o melhor desde 2013 e o primeiro saldo positivo desde 2014.

Reportagem: Alexandra Fernandes

Publicado originalmente em: https://bandnewsfmcuritiba.com/vagas-de-emprego-no-parana-em-2018-crescem-230-em-relacao-a-2017/?fbclid=IwAR3LlKZeWUshEDilKwniPbihH9jMp_KP61vONxLvgW8vvgGBPFmpfKAL7j8

 

Porto de Santos bate recorde de movimentação em 2018

Foram 122 milhões de toneladas movimentadas no Porto de Santos de janeiro a novembro de 2018, 2% maior que o mesmo período de 2017. Esse volume é o maior da série histórica do terminal paulista.

Esse avanço foi impulsionado pela movimentação de soja e de carga geral solta que apresentaram um aumento de 4 milhões de toneladas (24,9% de crescimento) e de 2 milhões de toneladas (58,2% de crescimento), respectivamente.

O resultado foi relacionado principalmente a recuperação da economia brasileira que, de acordo com o Banco Central, deve fechar o ano de 2018 com um crescimento do PIB na ordem de 1,3% e da supersafra brasileira de 2017/2018 que acarretou um aumento de 20,3% das exportações de soja em relação a 2016/2017.

Para 2019, é esperado mais um ano de crescimento na movimentação de cargas no Porto de Santos em função da expectativa de crescimento do PIB de 2,5% do Banco Central e do crescimento da safra brasileira de grãos de 2018/2019 de 5,1%.

No gráfico abaixo é possível comparar o crescimento da movimentação de cargas no Porto de Santos com o crescimento do PIB e com a produção brasileira de soja desde 2001:

Investimentos em FIP pode ser uma boa alternativa em 2019

Os Fundos de Investimentos em Participações (FIP) devem se destacar como alternativa de investimento em 2019. Nossa expectativa é que eles ocupem um espaço importante no financiamento e crescimento das empresas, principalmente quando observamos de um lado, queda de rentabilidade em investimentos tradicionais, como CDBs, Fundos de Renda Fixa, etc.

Como funciona a captação

Os fundos FIPs constituem uma somatória de recursos financeiros de investidores destinado à aplicação em companhias abertas, fechadas ou sociedades limitadas, e em fase de desenvolvimento. O recurso é captado via a venda de cotas aos investidores interessados. O rendimento dos FIPs é oriundo de renda variável, vertendo retorno conforme ocorre o retorno das aplicações realizadas pelo fundo.

Via de regra os fundos FIPs exercem influência na administração das empresas investidas, seja por meio de controle de ações, pela indicação de executivos, participação em conselho deliberativo ou administrativo e acordo de acionistas.

Atualmente os fundos FIPs são sub-divididos em: a) capital semente, fundos para empresas que faturam até R$ 16 milhões/ano; b) empresas emergentes, para empresas que faturam até R$ 300 milhões/ano; c) infraestrutura, voltados para empresa de infraestrutura; e, d) multiestratégia, são fundos que admitem empresa de tamanhos e segmentos diferentes. Os FIPs multiestratégia representam 92% do total do PL, enquanto que aqueles voltados para capital semente apenas 0,2%.

Vamos olhar para os números de 2018

Em 31/12/18 o total de valores aportados nessa modalidade chegou a R$ 258.986 milhões, conforme declarado no PL (Patrimônio Líquido) dos fundos e informado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Dos R$ 258.986 milhões em PL registrado, os principais administradores, por volume de recursos, são: BRL Trust Investimentos, com 12,6% do total do PL, se considerarmos BRL Trust Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (6,7%) este valor sobe para 19,3%; Lions Trust Administradora de Recursos, com 9,5%; e Brookfield Brasil Asset Management Investimentos, com 9,4%. Mais de 82% do total do PL está concentrado nas mãos de 14 administradores. Ao todo são 72 administradores e 954 fundos, em 31/12/18. 

O crescimento

Acreditamos no aumento dos aportes por parte dos investidores, como já mencionado, e também na procura por essa modalidade de financiamento para investimentos. As fontes tradicionais estão se esgotando e ficando muito caras, como é o caso dos bancos, mesmo os bancos de desenvolvimentos não estão mais se mostrando viáveis. A abertura de participações em fundos é uma alternativa promissora para 2019 para as duas pontas da negociação.

Mini barras seguram os efeitos da crise no mercado de chocolates

Na hora da crise os produtos não essenciais, considerados supérfluos, são deixados de lado nos carrinhos de compra das famílias brasileiras, este é o caso dos chocolates. O crescimento no consumo de chocolate em 2017 diminuiu 2% em relação a anos anteriores, chegando a R$ 11.9 bilhões, e diminuiu em 6% em questões de volume, conforme estudo da Euromonitor. Além da desaceleração a inflação de 5% afetou os custos de produção, como o custo de matéria prima, embalagens e logística, os quais se mostraram desafiadores para a categoria.

Neste cenário um produto ganhou destaque, as mini barras. Percebe-se um redirecionamento de consumo, as pessoas deixaram de consumir produtos maiores para optarem por versões reduzidas do produto. As mini barras de chocolate registraram o maior crescimento em 2017, com as vendas de no varejo subindo 8% em relação ao ano anterior. Essa categoria tem se tornado a mais forte por ser mais acessível e bem distribuída com variedades, geralmente são colocados em caixas para venda em varejo, estimulando a compra por impulso e favorecendo ainda mais as vendas desse setor.

A fabricação de chocolates é dominada por fabricantes internacionais, grandes multinacionais, como a Nestlé e a Kraft, lideram o mercado. Suas forças se derivam da popularidade das suas marcas e a presença de longa data que eles possuem no pais.

O que esperar de 2019?

São positivos os primeiros sintomas da economia brasileira com a mudança de gestão política em 2019. A bolsa vem reagindo bem e o dólar circula na casa dos R$3,70, o que é muito positivo e saudável para a situação atual do país.

Na parte política os anúncios e as primeiras ações demostraram confiança ao mercado, a redução de Ministérios, com a promessa de enxugamento da máquina pública, enviou um recado positivo aos investidores. Ainda assim sabemos que há muito o que ser feito e a recuperação será a passos lentos.

Entendemos que os principais desafios da nova equipe econômica se encontram na área fiscal. Reduzir o atual déficit público de 7,10% para 6,50% do PIB em 2019 vai exigir do novo governo uma bela diminuição das despesas correntes da administração pública, aliada a aprovação da Reforma da Previdência. Segundo os economistas ouvidos pelo Banco Central do Brasil (BCB), a partir dessas medidas o déficit público do setor público em relação ao PIB (riqueza gerada pelo País) apresentará uma dinâmica decrescente, contribuindo com isso para a redução da dívida pública brasileira. Em um cenário de folga orçamentária, o governo poderá avançar de forma consistente em uma Reforma Tributária, reduzindo o número e a carga de impostos indiretos os quais incidem violentamente no processo de produção e geração de riqueza.

Se formos olhar para as principais expectativas macroeconômicos para este ano, poderemos encontrar um ambiente mais otimista em favor da recuperação da economia. Estamos falando da tabela a seguir a qual trás as expectativas recentes do mercado financeiro, coletadas pelo Banco Central do Brasil (BCB), para o final do ano de 2019.

Fonte: Relatório de Mercado Focus, 11 de janeiro de 2019.

Espera-se que o PIB venha crescer em torno de 2,57%, puxado pela retomada dos serviços e indústria. Um ajuste na taxa de juros Selic de 50 pontos-base passando para 7,00% ao ano no final do ano. A notícia boa é que a economia brasileira nunca operou por um prazo tão extenso com uma taxa de juros anuais abaixo de 8%. O efeito natural consiste no reestabelecimento do crédito ao consumidor e as firmas; condição essencial para a retomada do consumo das famílias e o investimento das empresas. No lado externo, o mercado estima uma taxa de câmbio mais bem-comportada, próxima a R$ 3,80 por dólar norte-americano. Ou seja, não há por hora uma preocupação do mercado em que a taxa de câmbio venha a ultrapassar o patamar de R$ 4,00, no ano de 2019. Como consequência final, teremos uma taxa de inflação (IPCA) alinhada com a meta de 4,25% para dezembro desse ano, indicando um equilíbrio macroeconômico.

Em 2019, esperamos que a retomada do crescimento econômico venha se consolidar. Pelo lado da oferta teremos indicadores mais favoráveis dos setores econômicos, em especial indústria e serviços; e pelo lado da demanda a expansão do consumo das famílias e da melhora no financiamento das empresas.